Serj Tankian: "Somos maníacos genocidas de nosso planeta"

O Site of a Down publicou a tradução dos discursos feitos por Serj Tankian do SYSTEM OF A DOWN durante os shows no Brasil nos dias 1 e 2 de outubro, em São Paulo e Rio respectivamente: No Rock in Rio antes de "Holy Montains": "Rio! Rio, vocês estão comigo? Vocês estão com o System of a Down? O século XX foi atormentado por duas Guerras Mundiais, genocídio, a matança do meio ambiente e destruição de nosso ecossistema. É, o homem pensa que é bem esperto ao ser capaz de desenvolver todas essas máquinas para que possamos destruir. Nós somos os animais mais burros da porra desse planeta! Todas as vezes que vocês olharem no espelho, vocês podem dizer duas coisas: 1) somos a luz e o espírito, parte do espírito que se move através de todas as coisas e 2) somos os seres mais burros desse planeta. Ambos somos nós. Yin e Yang. Dicotomia, meus amigos. Há um modo de resolver esse problema: descer ao chão, pegar algumas plantas, colocá-las no seu nariz e ser parte da Terra, porque sem a Terra nós estamos mortos. Sem nosso ecossistema vamos morrer! Somos maníacos genocidas de nosso planeta e nossa própria destruição! Ainda assim, ao mesmo tempo... estamos redimidos. Somos a redenção. Somos os cuidadores originais da Mãe Terra. Vamos voltar a fazer a porra do nosso trabalho." As outras traduções encontram-se no link abaixo. http://www.siteofadown.com/ Fonte desta matéria: Site of a Down Enviar por e-mail, enviar correções ou compartilhar em redes sociais Enviar por e-mail | Enviar correção | Estatísticas | Publicar em seu site

System Of A Down (GEBA, Buenos Aires, 5/10/11)

Após um hiato de cinco anos fora dos palcos, o System Of a Down finalmente retorna com os seus quatro integrantes originais: Daron Malakian (vocais e guitarra), Serj Tankian (vocais e teclado), Shavo Odadjian (baixo) e John Dolmayan (bateria) para uma turnê de reunião. Pela primeira vez a banda se apresentaria na América do Sul. Com o show no Rock in Rio, outras datas na América do Sul foram marcadas Em Buenos Aires, o show era após a apresentação em SP e no RJ e o público já sabia o que que viria pela frente pois havia assistido a apresentação da banda pela transmissão do Rock in Rio no Youtube. Porém havia surpresas por vir. O texto representa a opinião do autor e não a opinião do Whiplash! ou de seus editores. Fotos: Victor Guagnini (show), Débora Reoly (fila) Na época em que o Rock in Rio divulgou a enquete em seu site para votação das bandas que o público mais gostaria de assistir no festival e o System Of a Down estava entre elas, fiz uma verdadeira campanha pela internet nas comunidades do Orkut, Facebook, Twitter e enviava seguido notas ao Whiplash! sobre a votação grande votação que o SOAD estava tendo, com a esperança de assim mais fãs da banda votarem. E devido à união em massa de todos os fãs, o System Of a Down foi a banda mais votada da enquete. Porém, o anúncio de sua vinda ao Rock in Rio ainda levou algum tempo (devido a trâmites de negociação) o que diminuia a esperança de vê-los no festival, mas ainda assim, confiantes. Quando a banda foi anunciada oficialmente, os ingressos esgotaram em 48 horas e eu, justamente eu que tanto havia lutado para a vinda do SOAD ao Brasil havia ficado sem ingresso. O show na Chácara do Jockey estava fora do meu orçamento, e as tratativas com cambistas por ingresso do Rock in Rio era inaceitável, tamanho o valor abusivo que estavam cobrando. E então numa noite tudo mudou. Pensei: "E porque não ir a Buenos Aires? A moeda é mais barata o que deixa o ingresso/ viagem/ hospedagem mais em conta do que eu me deslocar a São Paulo. Na mesma noite pesquisei hotel, uma rota, mas nenhum amigo pôde me acompanhar. Não desisti. Sozinha coloquei a mochila nas costas e viajei 1 dia de ônibus até Buenos Aires. Começava então minha grande aventura e eu tinha uma missão: conseguir ficar na grade do show. O que era quase impossível para uma "chica" de 1,55 de altura. Mas eu disse "quase impossível". Como eu não tinha ingresso e não conhecia ninguém na Argentina que pudesse comprar para mim, cheguei um dia antes em Buenos Aires. Foram 6 horas de ônibus de Ijui/RS até Uruguaiana/RS, mais uma espera de 3 horas na rodoviária e depois mais 22 horas de ônibus até Buenos Aires. Chegando a cidade, fui a pé até o hotel, deixei as mochilas e corri até a livraria El Ateneo comprar o ingresso (que por sorte não havia esgotado ainda, ao todo foram 20 mil ingressos vendidos). No dia seguinte as 9 horas da manhã peguei o trem até o GEBA, que fica no Parque 3 de Febrero. O trem passou do lado do GEBA, por uma ponte, onde deu para avistar todo o palco. Visualizei ali o corredor que separa o lado direito do esquerdo do palco e pensei "tenho que correr para o lado esquerdo, pois quero ficar em frente ao Daron". A fila infezlimente já era grande, os hermanos estavam acampados lá havia dois dias. Havia mais de cem pessoas na minha frente. Em poucas horas já virava a quadra. E às 17 horas, quando os portões se abriram, comecei a ter noção da desorganização deste show em alguns fatores. Ao invés de liberar aos poucos a entrada das pessoas, os seguranças simplesmente abriram o portão e aquele mar de gente foi se esmagando, correndo pelo caminho de terra de cerca de 150 metros até a próxima barreira. Neste pequeno percurso (pequeno, porém parecia interminável), vi muitas meninas caírem, sendo pisoteadas, outras estavam sendo amassadas contra as paredes de madeira laterais que fora construído para mostrar o caminho até a entrada do GEBA, havia bolsas, câmeras, óculos por todo o caminho, e não tinha como parar, nem como se desviar dos caídos, apenas ir em frente. A terra em Buenos Aires levanta um pó horrível, agora imagine milhares de pessoas entrando correndo ao mesmo tempo. Fez com que levantasse muito pó. Não dava se quer para enxergar, eu coloquei o rosto dentro da blusa e fui indo em frente, e então paramos em outra barreira que dividiu homens e mulheres. Nesta divisão corri logo para o lado das mulheres ficando entre o grupo das 50 primeiras. Porém ao liberarem esta barreira sequer nos revistaram e nem pegaram o ingresso, ou seja, eu poderia ter entrado sem ingresso! Comecei a correr, e enquanto todos se dirigiam para o mesmo local (lado direito do palco) eu fui direto dar a volta no corredor que havia visualizado do trem e fui para o lado esquerdo, em frente ao microfone do Daron. Aos poucos já foi ficando apertado ali pois ao meu lado ficaram duas pessoas de peso elevado, e eu miudinha era visto que iria sofrer. Mas pelo amor ao System Of a Down passaria por tudo isso, eu tinha que ir em frente, como havia passado por tantas coisas até então, e eu estava ali, na Argentina e em frente ao palco!!!! Outro fato que deixou a desejar no show foram os seguranças. Aqui no Brasil normalmente são seguranças fortes e altos. Mas lá na Argentina eram de baixa estatura e até senhores de idade. Por outro lado, diferente do Brasil, todos eram gentis, conversavam conosco, traziam água free, e tiravam foto da gente. Mas quando começou o sufoco do show, eles tiveram que se virar muito para retirar as pessoas machucadas, quase não deram conta. Me chamou a atenção na tarde dentro do GEBA o trem que passava por lá, cada vez que fazia o seu percurso por ali passava apitando freneticamente e ao anoitecer piscando as luzes inúmeras vezes, o que agitava a todos que esperavam ali pelo início do show. As 19:00 horas a banda CABEZONES iniciou o show de abertura. Fazendo um New Metal com letras em castelhano. As letras eram bem melódicas e o instrumental bem arranjado. O vocalista tinha se acidentado há um tempo atrás de carro, onde perdeu alguns movimentos, e hoje em dia sobe ao palco com a ajuda de bengalas e mesmo assim, agita e bangueia. Nas últimas músicas que foram executadas participaram o vocalista da banda D-MENTE e Raul Alberto Antonio Gieco. Neste momento o público cantou e aplaudiu um pouco mais a banda. Na realidade todos queriam O System Of a Down, então durante a apresentação da banda de abertura a maioria do público não se manifestou. E passado a participação da Cabezones, eis que colocam a bandeira do SOAD na frente do palco, onde aparece sobressaído o logo ao fundo. Pontualmente as 20:30 inicia os primeiros acordes de "Prison Song" caindo o pano branco em frente ao palco aos pés da banda ficando somente ao fundo o logo do SOAD. O empurra-empurra foi total, achei que morreria esmagada ali. Porém na intro de "Soldier Side" amenizou e continuou só para trás. O setlist foi seguindo os moldes do show no México e os do Brasil até o momento em que ao terminar "Bounce" já inicia os acordes de "ATWA" levando o público ao delírio sendo totalmente cantada em coro pelo público. A surpresa de estarem tocando uma música a mais no setlist (que já era longo) era enorme. Em seguida já emendaram "Kill Rock 'N Roll". Era impressionante a interação que os hermanos tem na Argentina, todas as músicas são cantadas em uníssono e há muitas rodas-punk (lá chamadas de pogo, que particularmente em Bounce, que a palavra pogo [salte] é cantada durante toda a música, olhando ao telão sentia medo de quem porventura estava lá perto das rodas de "pogo", as rodas lá são matadoras!!). Todas as músicas foram cantadas do início ao fim, chamando a atenção de Serj que elogiou os Argentinos e agradeceu por cantarem todas as suas canções a plenos pulmões. Era lindo de se ver, em alguns vídeos no final da resenha dá para se ter uma noção. O setlist fechou com 30 músicas em quase 3 horas de duração (no Chile tocaram apenas 26 músicas). Os pontos altos do show na minha concepção, além da execução de ATWA que ninguém esperava, foi quando em "Lonely Day" o trem que por ali passava de poucos em poucos minutos foi diminuindo a velocidade e ficou parado por alguns minutos com os passageiros assistindo ao show, neste momento Daron Malakian, olha para o trem e diz "Let me hear the people on the subway sin": "Quero ouvir as pessoas do trem cantando". System Of A Down: trem pára na Argentina para assistir show Novamente em Buenos Aires Daron Malakian roubou a cena com sua performance arrebatadora e o seu vocal dá um toque distinto mas Serj com suas características dancinhas ciganas, impressiona demais com a reprodução dos vocais que consegue fazer, de vocal a lá feminino´passando pelo rasgado ao gutural. E a pergunta que ficou na mente de todos após o show foi se a banda retorna de vez ou é somente uma reunião. Minha resposta é: Foi nítida a integração da banda em palco entre sí e com o público. Quem assistiu aos shows percebeu que a banda está passando por um bom momento e que essa volta veio em definitivo. E para terminar, os Argentinos não esperavam um show tão bom quanto no Rock in Rio e São Paulo, por ser o quarto da América Latina e ficaram eternamente agradecidos pelo seu setlist matador! Setlist System Of A Down - GEBA (Buenos Aires, ARG) 01. Prison Song 02. Soldier Side - Intro 03. B.Y.O.B. 04. Revenga 05. Needles 06. Deer Dance 07. Radio/Video 08. Hypnotize 09. Question! 10. Suggestions 11. Psycho 12. Chop Suey! 13. Lonely Day 14. Bounce 15. ATWA 16. Kill Rock ‘n Roll 17. Lost in Hollywood 18. Forest 19. Science 20. Mind 21. Innervision 22. Holy Mountains 23. Aerials 24. Vicinity of Obscenity 25. Tentative 26. Cigaro 27. Suite-Pee 28. War? 29. Toxicity 30. Sugar

Noticias

Monday,october 16 , 2006
Serj Tankian apoia briga judicial contra candidato a embaixador.
serj Tankian vocalista da banda ganhadora Grammy ,System of a Down deu suporte a decisão do senador Robert Menedez de impedira nomeação de richard hoagland como novo embaixador americano na armênia ate o fim da administração bush.
A respeito do acontecido Serj disse:"Eu respeito a decisão do senador de bloquear a nomeação de um novo embaixador na Armênia.Sem duvida ira ajudar na luta pelo reconhecimento do Genocídio."Em Abril,Tankian e seu companheiro de banda John Dolmayan estiveram na capital em um congresso de três dias na luta pelo reconhecimento.O qual foi exibido um documentário sobre genocídio chamado "Screamers.".A respeito disto o senador Menedez disse:"Como lideres e defensores da democracia é uma responsabilidade de nosso país intervir contra a injustiça e lutar pelos direitos humanos.Mas se o presidente Bush continuar a negar a existência do genocídio ele terá mais um problema para se preocupar e este problema será o impedimento de Richard Hoagland como embaixador." Após muita briga judicial foi decidido que Richard Hoagland só poderá ser nomeado embaixador se: 1) Se Hoagland expressar publicamente que não questiona a existência do Genocídio Armênio. 2) Se o Estado explicar publicamente de uma forma clara e honesta o motivo da misteriosa demissão do atual embaixador John Marshall Evans. 3) Se a atual administração explicar todas as comunicações entre o governo Americano e o governo Turco a respeito da demissão do embaixador Evans. posted by System of a Down at 7:48 AM 0 comments
Nenhuma postagem.
Nenhuma postagem.